Acima das núvens.
Em mais do que um sentido. Até porque adoro a descolagem. É a parte mais fantabulosa de andar de avião. A aceleração...uau. Mesmo.
Deixei Madrid com uma hora de atraso (talvez seja a primeira experiência grega) a bordo da Olympic Airlines. Come-se muito bem a bordo desta companhia. Todas as hospedeiras, perdão, assistentes de bordo, são loiras mal oxigenadas e sorriem pouco. Mas come-se muito bem aqui, sim, sim.
Estamos com uma hora de atraso, mas eu não tenho pressa. Já sei em que hostel vou ficar, ta-se bem. Tenho um lugar de janela, por isso não podia ser melhor. Lá em baixo ainda se vêm os campos da paisagem espanhola, e aqui em cima há meia duzia de nuvens onde, imagino, anda o Professor Baltazar (alguém se lembra dele? Ele vinha até às nuvens a bordo de uma árvore voadora, acho...). O sol bate-me na perna, e é o primeiro sol que vejo desde que saí de Portugal. Espero que seja um bom prenúncio. Estou sentada mesmo junto a um dos motores do avião - se esta coisa pega fogo, eu frito - e esta coisa oscila como se de um carrocel se tratasse. E sobe e plana e eu sinto-me como se estivesse no Senhor de Matosinhos (Maçã, onde estás?). Estes aparelhos são fabulosos. A forma como conseguem levantar da terra e manterem-se no ar é absolutamente de louvar. Em certas e muitas coisas a raça humana é louvavel. Esta é uma delas.
Ao meu lado, segue um casal espanhol dos seus 60 e alguns anos. Ele lê um guia American Express sobre a Grécia, ela dorme serenamente. Eu escrevo, lamentando a letra que não consigo desenhar melhor, depois de ter lido um terço do do meu "Guide to Greek Island Hopping".
Estou com uma leve dor de cabeça e ainda cheira a peixe estufado aqui dentro. O Fernando Santos segue a caminho no AEK de Atenas apenas alguns bancos e uma cortina à minha frente.
Where are the refreshments?
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